terça-feira, 24 de novembro de 2015
Das culpas
Se aproximou sem pedir licença,
Roubou um caminho, um beijo, uma conversa desimpedida.
Encenou, falhou, reconheceu, voltou atrás
E pôs na mesa a melhor vestimenta,
O texto decorado, as palavras meticulosamente armadas,
As expressões, os próprios passos.
Depois disso amou. Todo o seu ser, como só poderia.
Contemplou o vasto vocabulário e as inúmeras formas de ser o que não se é.
Riu baixo, esperou e resolveu dançar, esporadicamente.
Retomou a face mansa, mas já não doce
E foi se juntar à sinceridade comedida.
Calculou palavras, comeu, chorou, dançou, riu e foi se embora num bater de portas.
24/11/15
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário