Senso Comum
“Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo”(Belchior)
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo”(Belchior)
Não quero escrever mais um capítulo da minha vida se ninguém vai ler o meu nome “Denise”, mas sim o nome “amiga”, “conhecida”, “mulher”, “estudante”, “sobrinha”, “trabalhadora” ou “filha”. Não que esses nomes não me definam, nem definam a vida que eu tenho ou quero ter. Mas esses nomes generalizam, padronizam, criam uma imagem muito distante daquilo que somos, acreditamos e queremos ser.
Um tanto cruel é a sociedade que estigmatiza homem e mulher, malvada e boazinha, feia ou bonita. Essa relação binária aprisiona o ser, a personalidade, e coloca em oposição significados e atitudes que nem sempre (e em sua maioria não conseguem) se opor, como se a princesa do castelo sempre fosse a filha obediente e boazinha, como se a filha boazinha nunca fosse uma mulher, como se a mulher sempre fosse submissa, como se a submissa fosse sempre aceitar as ordens do seu marido, como se o marido fosse sempre o chefe do lar, como se o lar fosse sempre o nosso porto-seguro, como se o porto-seguro fosse sempre o melhor lugar para ficar, como se ficar fosse sempre o melhor a fazer... e o contrário também!
Agora me pergunto: será que a filha boazinha não era dissimulada? Será que ela não errava e acertava, e tinha certezas e desilusões no mesmo dia? Para saber quem era a princesa do castelo temos que olhar de perto... mais perto ainda!

Eu sou a Denise, se quiser me conhecer, será um prazer!
(02/03/10)
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