Na dúvida, ele fecha a casa com chave tetra para que a
colega não interrompa
O gole nas taças,
A disposição das cadeiras,
E a música ao fundo
Com sua (in)evitável presença.
No fundo, ele sabe que vai resistir. Mas
Acaba desistindo diante da noite de chuva e fazendo sentir
sua existência.
Mais uma vez.
Ele quer um poema mais profundo, que o descreva melhor. Mas
a resoluta companheira
Só o faz provar o sabor amargo dos vislumbres das brechas. Fruto
de sua alma,
O que será o seu amor?
Um boleante sentimento, como o vinho que rega a
noite?
Ou como um cacho do cabelo dela, que se desenha lentamente,
na medida em que se vê livre dos traços de um pente?
Tal qual o som da mata, que aos nos silenciarmos toma
forma, é assim que tudo
(ou quase tudo) deve ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário