domingo, 28 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
diálogos
na seqüência, copio alguns emails trocados com o Marco da Rudra Tecnologia Sustentáveis:
Denise:
o que vocês entendem por sustentabilidade?
Marco:
O Construção Eficiente é um produto da Rudra Tecnologias Sustentáveis. A Rudra desenvolve softwares para novos modelos de negócios, dentro da concepção de um capitalismo natural. Acreditamos que a consciência ambiental apenas começou a ser despertada na humanidade e, por uma necessidade de sobrevivência da espécie humana, praticamente todos os processos produtivos atuais deverão se adaptar nos próximos anos.
Nossa missão é transformar o discurso de sustentabilidade em prática através de produtos e processos inovadores para segmentos considerados estratégicos, sendo um deles, a construção civil.
Nossa missão é transformar o discurso de sustentabilidade em prática através de produtos e processos inovadores para segmentos considerados estratégicos, sendo um deles, a construção civil.
Em um levantamento feito com nove mil consumidores de diversos países, inclusive o Brasil, conduzido pela Penn, Schoen & Berland Associates (PSB), constatou-se que apesar de a maioria dos consumidores em todos os países pesquisados acharem que produtos verdes custam mais, brasileiros e indianos consideram que o maior empecilho para sua compra é a falta de opções.
O portal Construção Eficiente vem ao encontro da necessidade dos consumidores conscientes em encontrar opções ecoeficientes. Temos total consciência que a sustentabilidade na indústria da construção civil é uma utopia, mas acreditamos que é possível contribuir para redução do impacto ambiental através da promoção e distribuição de novos produtos e serviços que tragam menor impacto ambiental com relação aos similares de mercado. Esse é o papel do Construção Eficiente.
Denise:
Agradeço as informações. Mas, eu não acredito em desenvolvimento sustentável no sistema capitalista, acho absolutamente incompatível.
Marco:
Particularmente, gosto de escutar pontos de vistas interessantes. Conceitualmente, acredito no tripé da sustentabilidade que orienta para um desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente correto. Acredito no equilíbrio e interferência mínima na natureza. Agora, falando com uma visão de empreendedor que sou, enxergo oportunidades de novos mercados orientado para preservação, manutenção e recuperação dos recursos naturais, onde podemos gerar mais empregos, conhecimentos e qualidade de vida. Vejo que o grande desafio é manter o crescimento econômico dentro de novos padrões de consumo que o Planeta suporte, pois já sabemos que precisaríamos de mais de uma dezena de planetas Terra para manter os padrões atuais com a população que temos.
Denise:
Como me deu liberdade em abordar o assunto a partir de uma perspectiva particular, estou lhe enviando um texto de um profº da Unicamp: Esse texto é um esclarecimento sobre o porquê eu realmente discordo (em partes) da sua opnião, principalmente no que tange ao crescimento econômico. Se não tiver interesse em ler o texto, tudo bem, mas acredito que se disponibilizar um tempo relativamente pequeno, conhecerá uma perspectiva que vai além das manchetes de jornal e da mídia massificada que nos prega a mesma ideologia todos os dias, faço um convite ao sr para conhecer uma abordagem diferente das demais.
Marco:
Claro que concordo com o Castillo quando conclui "O Estado, em todos os seus poderes e escalas, tem que tomar a frente dos problemas ambientais e sociais, conjuntamente."
O fato é que o Estado se mostra reativo e ineficiente e que as ONG's e empresas privadas têm tomado a frente.
Agora, é um pensamento ingênuo desconsiderar as ações do mercado. As novas oportunidades no chamado "negócios verdes" é um adaptação do capitalismo criado na fase mercantilista onde se pensava que os recursos naturais eram ilimitados. Negócios verdes propõe modelos de negócios e novos fluxos de capitais. Por exemplo, não é simples mudar uma matriz planetária movida a combustível fóssil do dia para noite. E não se pode deixar de presitigiar ações como a da Alemanha que pretende utilizar 100% de energia renovável dentro de 40 anos. De fato Desenvolvimento não combina muito com sustentabilidade, mas temos que achar uma solução. A humanidade está aprendendo. Acredito que as próximas gerações pagarão um preço muito caro pela nossa ignorância e negligência sobre os impactos ambientais.
Acredito que precisamos de lideres conscientes tanto no Estado, quanto nas empresas e nas escolas. Consciencia é uma semente que temos que plantar nas mentes de cada pessoa e existem níveis de consciencia. O ser humano tinha a conexão com a natureza e ser perdeu. Agora temos que reaprender. Infelizmente, acho que é tarde demais. Vou fazendo minha parte, dentro da minha limitada consciencia ambiental e plantando a semente da consciencia, dentro da minha capacidade.
Denise:
Quanto ao fato de que o Estado se mostra reativo, concordo, plenamente, mas diante disso o que não podemos é negá-lo e deixar que Organizações Não Governamentais tomem a frente e fragmentem o debate da questão ambiental, não discordo de que podemos e devemos criar alternativas para o sistema de técnicas que aí estão e que degradam o ambiente em que vivemos, em que o homem é ativo e passivo ao mesmo tempo. Marco Aurélio, eu tenho como formação inicial Tecnologia em Saneamento Ambiental, algo extremamente ligado aos princípios que você acredita e que pratica em seu ambiente de trabalho, mas ao longo dos 4 anos de graduação, eu percebí que todo esse debate pragmático e fragmentado da questão ambiental não é suficiente para a solucionar os problemas que o homem criou. É como se um médico fosse tratar somente dos sintomas da doença e não eliminar e nem querer saber quais são as causas e qual é a doença, somente a remediação por via das técnicas não basta para a resolução dos problemas que estamos diante hoje. A chamada crise ambiental, ao meu ver, não é uma crise porque na verdade nunca na história moderna da sociedade, ou seja, a capitalista, tivemos um equilibrio, o capitalismo em sua essência é desigual e desequilibrador, afinal, o lucro é a estrutura do sistema e é a chance de alguém ganhar e outro perder, isso é o lucro. Sendo assim, vivemos numa consequência desse sistema, que convenientemente chamamos de "crise". Outro ponto que para mim é essencial: o meio ambiente não exclui a sociedade que o penetra, interage e o forma. Portanto, quando digo que temos que mudar de sistema político-econômico e social para enfrentar e solucionar verdadeiramente e não aparentemente os problemas ambientais, incluo a miséria, a pobreza, as condições de vida do homem, que tem a relação de dominação da natureza na nossa sociedade.
Deixo algumas perguntas para a reflexão:
Os dados nos mostram que o desmatamento da Amazônia é rentável, dá lucro, e que a recuperação de pastagens degradadas custa o dobro do que desmatar, como fazemos então, diante desse impasse, quando o centro da sociedade é o dinheiro e não o próprio homem?
O Estado pode investir na recuperação e dar incentivo fiscal, estímulos financeiros para os pecuaristas e agricultores?
Economistas ecológicos vão avaliar o valor daquele bioma e mostrar aos grandes empresários que deixar esse bioma, que é um espaço extremamente antrópico, (diante das populações que vivem lá e interagem na floresta, modificando e adequando a floresta as suas necessidades)?
Teremos que convencer os empresários a não degradarem o ambiente que por décadas e séculos foi o habitat de populações que, por não possuirem a moeda de troca vigente, são todos os anos, expulsos de suas terras?
Tudo deve ser convertido em dinheiro? A subjetividade em que estamos imersos não pode ser convertida em dinheiro, não há equivalência, o direito a terra (Estatuto da Terra de 1964), “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana” como nos diz a Política Nacional de Meio Ambiente do Brasil será assegurada para todos ou somente para aqueles que tem a moeda de troca? Vivemos num Estado de Direito ou de Bens?
Você me disse que temos que achar uma solução, pois bem, eu lhe digo que para mim, a solução é centralizar o homem e não o lucro.
A verdadeira consciência nos mostra que coletivismo é a chave para a resolução dos problemas que assolam a humanidade.
Marco:
Acho que nosso papo vale um post num blog e compartilhar com o coletivo! O que acha?
Denise: postado.
sábado, 16 de outubro de 2010
no 2º turno eu voto no 50 de novo!
Sexta, 15 de outubro de 2010, 13h52
Atualizada às 13h57
Manifesto à Nação
Plínio de Arruda Sampaio
De São Paulo
De São Paulo
Fiel a esta linha, a campanha do PSOL concentrou-se no tema da igualdade social, o que possibilitou demonstrar claramente que, embora existam diferenças entre os candidatos da ordem, são diferenças meramente adjetivas.
Isto ficou muito claro diante da recusa assustada e desmoralizante das três candidaturas a firmar compromissos com propostas de entidades populares - como a CPT, o MST, as centrais sindicais, o ANDES, o movimento dos direitos humanos - nas questões chaves da reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, aplicação de 10% do PIB na educação, combate à criminalização da pobreza.
Cerca de um milhão de pessoas captaram nossa mensagem. Constituem a base de interlocutores a partir da qual o PSOL pretende prosseguir, junto com os demais partidos da esquerda, a caminhada do movimento socialista no Brasil.
O segundo turno oferece nova oportunidade para dar um passo adiante na conscientização. Trata-se de esmiuçar as diferenças entre as duas candidaturas que restam, a fim de colocar mais luz na tese de que ambas são prejudiciais à causa dos trabalhadores.
O que é melhor para a luta do povo? Enfrentar um governo claramente hostil e truculento ou um governo igualmente hostil, porém mais habilidoso e mais capaz de corromper politicamente as lideranças populares?
Plínio Soares de Arruda Sampaio, 80 anos, é advogado e promotor público aposentado. Foi deputado federal por três vezes, uma delas na Constituinte de 1988, é diretor do "Correio da Cidadania" e preside a Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA
Fale com Plínio Arruda Sampaio: plinio.asampaio@terra.com.br
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O rosto a mulher através de 500 anos de arte
Um amigo me mandou esse vídeo e eu achei interessante: postado aqui no flor da rua (ponto)
Fonte:
http://www.artgallery.lu/digitalart/women_in_art.html
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
a grande mentira: MST rouba ovos de tartarugas no Rio Solimões
Um dos maiores espetáculos da Natureza está prestes a acontecer: a arribada ou chegada, em enormes levas, das tartarugas marinhas da espécie oliva nas praias da Costa Rica.
Um desses santuários ecológicos chama a atenção por cenas que beiram as raias do surrealismo – clique na imagem acima e sinta o “clima” –, pelo menos para a nossa escassa compreensão de um fenômeno dessa magnitude.
Para se ter uma ideia da grandiosidade do evento, que se estende do final de agosto até outubro, na orla marítima do Refúgio Nacional de Vida Silvestre de Ostional já se aproxima a primeira e enorme frota de 500 mil fêmeas para dar início ao processo de reprodução. Somadas a outros grandes grupos, poderão totalizar a desova de inacreditáveis 1 bilhão 600 milhões de ovos.
Não é à toa que a praia de Ostional, com apenas 7 km de extensão, é considerada o maior berçário do mundo para a conservação da Lepidochelys olivacea.
Quando as frágeis tartarugas aportarem, serão devidamente recepcionadas nas areias pelos moradores da comunidade local, que se preparam com ansiedade para este momento.
Todavia, ao contrário do que podem fazer supor estas imagens fora do seu real contexto, o recolhimento de menos de 1% dos ovos pelos habitantes locais significa, na realidade, um dos maiores esforços já empreendidos para a preservação da espécie, com o devido apoio e reconhecimento de organismos científicos internacionais e entidades de defesa ambiental, como o combativo Greenpeace, entre outros.
O próprio Projeto Tamar, aqui no Brasil, endossa a iniciativa costarriquenha.
O que se observa no mundo digital, no entanto, é uma frenética troca de e-mails que, desde o final do ano passado, tem inundado ininterruptamente as caixas de correio eletrônico referindo-se a esta ação coletiva como sendo um “crime hediondo contra a vida marinha”.
Com certeza o hoax foi criado por algum degenerado, sabe-se lá onde e com que intenções difamatórias, e já deu várias voltas pelo mundo em todos os idiomas — sendo sistematicamente repassado com a cumplicidade dos inocentes úteis ou gente mal-intencionada, o que dá no mesmo.
Aqui no Brasil, possivelmente devido ao início da campanha eleitoral, o boato voltou a ganhar força nos últimos dias e desembocou em dezenas de blogs que não mantêm qualquer compromisso com a verdade e que muito menos respeitam a inteligência de seus leitores.
Começando pelo pretenso “ataque aos ninhos das tartarugas na Costa Rica”, o embuste virtual transmutou-se em “roubo de ovos na margem esquerda do rio Solimões” e, por fim, com um grande culpado consubstanciando-se na atualidade, na figura emblemática do MST – o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Não bastasse o absurdo de se confundir o paraíso dos surfistas (acima) com as plácidas águas do Solimões (abaixo), agora essa de implicar logo com o MST. O que uma coisa tem a ver com a outra? Pior, sem que qualquer prova factual ou imagem real tenha sido apresentada.
Porém uma rápida busca na Internet é suficiente para esclarecer parte do mistério e apontar alguns envolvidos na ação insidiosa. Blogs e sites com viés nitidamente direitista têm sido os propagadores dessa onda de boatos. Pode-se incluir na lista negra alguns voltados à “defesa do meio-ambiente”, o que significa dizer que inauguraram em definitivo a era do greenwashing virtual.
Mas um dos maiores responsáveis pode ter sido o deputado federal Raul Jungmann, do PPS pernambucano, que manteve em seu site durante meses a estória fantasiosa, mesmo tendo sido alertado inúmeras vezes por seus comentaristas. Sem que se importasse com isso.
Jungmann, afinal, pontificou como supremo ministro da Reforma Agrária justamente no período em que o governo FHC assumiu uma política radical de criminalização contra o MST, com o apoio ostensivo do Judiciário e da imprensa conservadora. Apenas coincidência?
Quem desmontou a farsa foi o blog Cachaça Araci, com posts que acabaram por pautar a velha mídia. Somente depois que o portal das organizações Globo fez a repercussão do caso é que o deputado correu para retirar as acusações de seu site. Mas era tarde, o estrago já estava feito.
O assunto, de todas as formas, é tão fascinante que, por toda a sua dimensão, será necessário elaborar uma série de posts para que possa ser esgotado e devidamente compreendido. E o hoax finalmente neutralizado.
Este é apenas o primeiro. Material há com fartura na rede para ser traduzido, ordenado e posteriormente divulgado.
Se não para interromper a boataria promovida por meia dúzia de pessoas irresponsáveis e impulsionada com a ajuda de milhares de internautas inconsequentes (que não medem nem avaliam as consequências de suas atitudes), pelo menos para se fazer justiça ao admirável esforço de uma pequena comunidade costarriquenha.
São pessoas que, certamente, não merecem passar pelo processo difamatório ora em curso na Internet. Pelo contrário, devem ser reconhecidas mundialmente e ter divulgadas suas ações sustentáveis em defesa das tartarugas marinhas que compartilham as areias de suas praias no espetáculo da procriação e preservação da vida. Porque é disso que se trata.
Fonte:
http://www.materiaincognita.com.br/a-grande-mentira-mst-rouba-ovos-de-tartarugas-no-rio-solimoes/
A preservação das tartarugas na Costa Rica
http://www.youtube.com/watch?v=01Ry22staSc&feature=player_embedded
terça-feira, 7 de setembro de 2010
versos de 21
uns querem que eu case, outros querem que eu obedeça
e que fique um pouco mais
outros arrumam namoradas e somem e aparecem de vez em quando, e eu não sei para onde vai meu coração
tem horas que prefiro fixar-me no cais
e nisso lá se vai à deriva o meu querer
que nem sei se quer mais
ou se nunca quis
ou se está em estado de graça e assim nem se percebe quanta felicidade está envolvido, afogado
que nem respira
o medo apavora o relacionamento, e pede pra ficar com laços bem atados
Com medo de partir e não voltar
Com medo de ficar e infeliz (ponto final, sem vírgulas, já que não se pode parar para respirar)
Ou será que é só a pressa dos 20 e poucos anos?
muito poucos
que nem sei se dá para responder
um sim
para toda vida
vida inteira de não-vícios, de cidades e pessoas
que eu nem sei se vão existir ainda mais
caso eu me leve tão depressa que - Ui! Já foi! Nem vi!
Ver a banda passar e não saber se é triste ou feliz estar na janela sorrindo acompanhada de uma mão e um coração que bate
E sente...
O maior amor do mundo.
Maior do mundo (10/01/2009)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
ela tem a minha idade
A letra abaixo é uma música que eu adoro, é de uma cantora que tem estado em crescente evidência no cenário da mpb, o lirismo não enjoativo nas composições de Maria Gadú e a sua voz doce, mas não melosa revelam que ainda há um lugar reservado para a MPB no Brasil, a profundidade de suas composições é sofisticada e alivia os ouvidos de quem não suporta ouvir músicas de refrão. Mas não se contente eu ouvir Shimbalaiê, (que é boa!) mas não se compara a "Altar Particular" nem "Dona Cilá", mais um elogio: até a Baba Baby da - blah! Kelly Key ficou menos - blah! com a interpretação da moça, e em "Ne Me Quitte Pas" de Jacques Brel a interpreção merece um aplauso. (observações de uma leiga)
Encontro
Composição: Maria Gadú
Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
sábado, 7 de agosto de 2010
retrocesso ambiental
matéria retirada do blog do greenpeace
Notícia - 8 jun 2010
Aldo Rebelo apresenta seu relatório de mudanças no Código Florestal. Seu texto anistia desmatadores, legitima a devastação e abre espaço para novos desmatamentos.
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) finalmente apresentou seu relatório na Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados para consolidar as propostas de alteração do Código Florestal. A bancada da motosserra à qual Aldo se ligou umbilicalmente nos últimos meses, está, obviamente, exultante. O relator fez um serviço ainda melhor do que eles esperavam.
Na prática, o relatório de Aldo propõe reverter 76 anos de evolução de nossa legislação ambiental. É, portanto, um retrocesso. Legitima o corte indiscriminado do passado recente e abre brechas para novos desmatamentos. Sugere também que desenvolvimento só se faz com destruição da natureza e passa o custo integral da conservação para o contribuinte brasileiro. “O deputado está propondo a socialização dos custos da devastação e a privatização dos lucros imediatos que ela gera”, diz Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.
Aldo propõe o fim da função social da propriedade rural no Brasil. Seu texto revoga um artigo que estava na versão original do código, de 1934, e que foi mantido na revisão feita em 1965. Ele tratava as florestas como bens públicos. Pelo que Aldo escreveu, se o contribuinte não estiver disposto a pagar pela conservação ambiental, o fazendeiro pode fazer o que bem lhe der na telha nas terras que ocupa. Foi este tipo de mentalidade, por exemplo, que transformou uma das áreas mais férteis do país, o Vale do Paraíba, entre Rio e São Paulo, numa terra imprestável para a atividade agrícola.
O texto de Aldo também agracia com o benefício da anistia quem, pela legislação em vigor, cometeu crime ambiental. Qualquer desmatamento feito até 22 de julho de 2008 – não importando o tamanho da propriedade – estaria, pela proposta do ex-comunista que virou ruralista, automaticamente perdoado. A Reserva Legal, o pedaço de qualquer fazenda que precisa permanecer destinado à mata nativa, também foi trucidada pelo deputado.
Na Amazônia, ele sugere acabar com ela para propriedades com até 600 hectares. Isso já tinha sido previsto pela própria área ambiental do governo em negociações com representantes da agricultura familiar. Mas Aldo aproveitou a deixa e meteu o pé na porta. Nas outras regiões, fazendas com tamanho de até 4 módulos rurais também estão dispensadas de ter a Reserva Legal. Para as propriedades maiores, Aldo manteve a obrigação nos percentuais atuais – 80% para a Amazônia, 35% para o Cerrado e 20% nos demais biomas – mas deu aos estados e municípios a possibilidade de reduzirem esta demanda pela metade
“Aldo no fundo abriu a brecha para se acabar com a Reserva Legal, porque qualquer fazendeiro com mais de 600 hectares de terra na Amazônia poderá fracionar sua propriedade para fugir da obrigação”, aponta Sergio Leitão, diretor de Campanhas do Greenpeace. Ele sugere também que, para fins de recuperação de uma reserva legal, o fazendeiro pode usar espécies exóticas. Isso, de certo modo, já é uma afronta ao conceito, criado justamente para proteger matas nativas.
Mas do jeito que está escrito, sem especificação de que as espécies usadas na recuperação precisam ser arbóreas, Aldo abre a possibilidade de que um fazendeiro utilize grama ou soja para recuperar sua reserva legal. No caso das áreas de preservação permanente (APP’s), Aldo, além de reduzir a necessidade de manutenção de matas ciliares em alguns rios para 15 metros, dá aos estados o poder de diminuí-las à metade do que exige a legislação federal. Isso inverte uma regra básica da legislação ambiental brasileira, que determina que o que vale é a maior área de proteção.
No artigo 12 de seu texto, Aldo ‘flexibiliza’ a derrubada em encostas entre 25 e 45 graus. Basta uma recomendação do órgão de agricultura estadual para que ela ocorra. E no capítulo X, que trata de incêndios em áreas florestais e rurais, Aldo propõe simplesmente o seu fim. Cuida, no entanto, de deixar uma porta escancarada para a continuidade das queimadas, dizendo que consideradas peculiaridades (não especifica quais) regionais, os estados podem autorizar a queima de campos e florestas.
Em resumo, usando Marx e Engels para defender práticas capitalistas retrógradas no campo, invocando a bíblia para dizer que a natureza deve se submeter à vontade dos homens e posando de nacionalista para assegurar os interesses do agronegócio exportador de commodities, Aldo Rebelo conseguiu o milagre de produzir uma proposta que põe o Brasil no rumo do atraso e da devastação. Na leitura de seu relatório, ele agradeceu aliás a três eméritos ruralistas no Congresso, Moacir Micheletto, Homero Pereira e Anselmo de Jesus.
Não há de quê, deputado. Quem agradece é a turma da motosserra. Ela não poderia ter sido melhor servida.
leia mais em http://www.greenpeace.org/brasil/Blog/
comentários sobre uma relação paradoxal: Carlos Minc e o meio ambiente
EmPACando a política ambiental
Atualmente, a política pública ambiental brasileira tem seguido uma trajetória linear de encontro ao financiamento privado e a convergências ideológicas.
O que deveria ser o maior representante dos ambientalistas, o ministro do Meio Ambiente, na figura de Carlos Minc parece ter impulsionado a roda das negociações de financiamento dos licenciamentos ambientais pelo setor privado, principalmente o industrial, reforçando na prática a idéia de que progresso se opõe a conservação ambiental. A conivência com a instalação aprovada pelo presidente da república da hidroelétrica no rio Madeira, (com a não aprovação do IBAMA) e a promoção do convênio da Secretaria do Meio Ambiente do RJ com a Firjan, não sendo até então ministro, são exemplos desse impulso.
O que se questiona é a real neutralidade dessas negociações, que mais parecem contemplar o crescimento econômico – que inúmeras vezes deixa dúvidas em relação a sua “não oposição” a preservação ambiental – do que valorar o patrimônio naturalmente encontrado nos diversos biomas e inúmeros conhecimentos tradicionais associados a eles, construídos durante séculos pelas comunidades locais.
Em contrapartida, a burocratização do processo de licenciamento atrelado a uma crescente proliferação de órgãos na área não vem como uma melhor avaliação dos casos ambientais, mas sim como ineficiência do setor, já que não está atrelado a contratações de pessoal especializado, com reajuste salarial e aumento da participação nos orçamentos estaduais.
É mais do que urgente a necessidade de entender o dinamismo da expressão ambiental, excluir a visão de algo estático, afastado do cotidiano, com endereço marcado. A questão só será levada realmente a sério, quando for compreendido que o homem e tudo o que ele constrói, cria, cultiva e interage fazem parte do mesmo sistema. Compreendendo também que grande parte dos problemas ambientais são sociais, e que essa dissociação é proposital.
É necessária uma política unívoca, coerente, que não se contradiga ideologicamente e que, na prática, não se limite aos gabinetes e às entrevistas coletivas à imprensa.
- Denise, Jenifer e Mônica (2009)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
transpirações na vida
“Eu corro, eu berro
Nem dopante me dopa
A vida me endoida” - Cazuza e Frejat
Nem dopante me dopa
A vida me endoida” - Cazuza e Frejat
Mas que momentos são esses rememoráveis sem o véu da divertida insensatez?
Um bom papo com os amigos, pode com um vinho ou não rolar. Mas será quantificada a alegria que alguém tomou? Ou será que não foi adição de mais ilusão ao tentar preencher seus vazios no copo?
Trago exclamações embaçadas de alcatrão.
Agora compreendo a expressão “viver a vida”. A plenitude não está nas coisas exteriores, mas sim naquelas que podem ser tomadas interiormente. São os goles do enriquecimento pessoal, mas não aquele popular, adornado de douradas correntes, cheias de títulos, é algo que pesa, porque é difícil de ser encarado e escancarado na comissão de frente.
Para viver a vida plenamente, sem marcar data para momentos especiais, quero rememorar.
Quero as gargalhadas numa fila de banco. Quero os filmes contados no caminho de casa. As cenas ensaiadas na calçada. Os convites para um DVD. Uma conversa de esquina. Uma Lua e um céu cheio de estrelas para se admirar.
Sábado à noite tudo pode rolar. Que role então aquela conversa com os amigos e que assistam o programa de humor que nunca dá tempo. Que dividam-se colchões e usem meias coloridas e percam a hora de acordar. E que corram atrás do ônibus, que se percam no centro da cidade e tenham os cabelos presos sem pentear.
Sentir-se seguro no que é ridículo, abandonar as capas de super-homem e spice-girl e revestir-se de si mesmo. A armadura pesa e é o preço a se pagar. Armar-se de suas inocências, próprias opiniões e virtudes; contra a hipocrisia, a opressão e a falsa concepção de “viver a vida”, pois criar para si um mundo encantado é viver num castelo de cristal. (14/06/08)
o socialista coerente
O dia 26 de julho deste ano marca a chegada de Plínio Arruda Sampaio aos 80 anos de idade. Em 2010, Plínio também completa 60 de vida pública internacionalmente reconhecida pela coerência socialista. Promotor público aposentado e mestre em desenvolvimento econômico internacional pela Universidade de Cornell (EUA), Plínio já foi deputado federal por três vezes - uma delas na Constituinte de 1988 -, sub-chefe da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo (1959-1961), secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura da capital paulista (1961). Por sua firme atuação em defesa de uma verdadeira reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores, Plínio foi um dos cem primeiros políticos cassados pelos militares e viveu doze anos no exílio. Entre 1965 e 1975 exerceu o cargo de diretor de Programas de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), coordenando projetos de reforma agrária em toda a América Latina e na maioria das nações caribenhas. Fundador do Partido dos Trabalhadores, foi o autor do primeiro estatuto do PT, que assegurava à militância o poder de decisão sobre os rumos da agremiação. Candidato ao Governo do Estado de São Paulo em 1990 e em 2006, Plínio tem sua trajetória de vida e militância estreitamente vinculada à esquerda católica e à defesa do direito à terra para os trabalhadores. Em 2005, deixou o PT por não concordar com os rumos tomados pela sigla e ingressou no Partido Socialismo e Liberdade. Atualmente é presidente licenciado da Associação Brasileira de Reforma Agrária e diretor do portal de notícias Correio da Cidadania. Relembre ou conheça abaixo a história de Plínio Arruda Sampaio e seu papel em momentos decisivos da luta para construção de uma verdadeira superação das tragédias históricas brasileiras - a segregação social e a dependência externa que amarram o desenvolvimento de nosso país - e em defesa do socialismo democrático.
Fonte: http://www.plinio50.com.br/presidente-psol-plinio-de-arruda-sampaio.html
para começar
Senso Comum
“Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo”(Belchior)
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo”(Belchior)
Não quero escrever mais um capítulo da minha vida se ninguém vai ler o meu nome “Denise”, mas sim o nome “amiga”, “conhecida”, “mulher”, “estudante”, “sobrinha”, “trabalhadora” ou “filha”. Não que esses nomes não me definam, nem definam a vida que eu tenho ou quero ter. Mas esses nomes generalizam, padronizam, criam uma imagem muito distante daquilo que somos, acreditamos e queremos ser.
Um tanto cruel é a sociedade que estigmatiza homem e mulher, malvada e boazinha, feia ou bonita. Essa relação binária aprisiona o ser, a personalidade, e coloca em oposição significados e atitudes que nem sempre (e em sua maioria não conseguem) se opor, como se a princesa do castelo sempre fosse a filha obediente e boazinha, como se a filha boazinha nunca fosse uma mulher, como se a mulher sempre fosse submissa, como se a submissa fosse sempre aceitar as ordens do seu marido, como se o marido fosse sempre o chefe do lar, como se o lar fosse sempre o nosso porto-seguro, como se o porto-seguro fosse sempre o melhor lugar para ficar, como se ficar fosse sempre o melhor a fazer... e o contrário também!
Agora me pergunto: será que a filha boazinha não era dissimulada? Será que ela não errava e acertava, e tinha certezas e desilusões no mesmo dia? Para saber quem era a princesa do castelo temos que olhar de perto... mais perto ainda!
Saber seu nome, o porquê dela não gostar do seu cabelo liso e comprido, quais livros ela mais gosta, qual dia da semana ela prefere, por que sonha tanto em ser pedagoga e por que tem uma cisma esquisita. Sem saber o porquê dela gostar mais do Quintana do que do Lins do Rego, nós só iremos reconhecê-la como a princesa “x” ou a filha educada, vamos organizar nossa tabela de “respeitáveis” e “não-respeitáveis”, ou algum outro encaixe. Mas isso terá um custo: a indiferença. A indiferença nos faz perder amor, carinho, respeito, amizade, confiança, cumplicidade, o prazer de poder ajudar alguém e a liberdade de poder ser também você mesmo: Isabel, Ricardo, Lúcia... e ninguém te julgar por isso!
Eu sou a Denise, se quiser me conhecer, será um prazer!
(02/03/10) por muito tempo adiada
a criação de um blog, finalmente tive a coragem de expôr meus dilemas, poemas e lutas (internas).
Espero que o que me alimenta possa transparecer nas linhas desse espaço, daqui por diante.
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